Natal – RN – O governo do Rio Grande do Norte oficializou a criação da “Bolsa Horizontes Potiguares”, uma iniciativa que prevê o repasse mensal de R$ 500 para adolescentes e jovens egressos do sistema socioeducativo. A medida, estabelecida pela Portaria nº 217/2025 da Fundase/RN, foca em indivíduos que cumpriram medidas por atos infracionais graves, como internação ou semiliberdade. O benefício financeiro é vinculado ao acompanhamento multidisciplinar e à obrigatoriedade de matrícula escolar.
Recompensa ou ressocialização?
A implementação do programa gerou uma onda imediata de indignação popular nas redes sociais. Para grande parte dos críticos, o auxílio soa como uma “recompensa ao erro”, especialmente em um cenário onde o Estado alega escassez de recursos para investimentos básicos em saúde, educação e segurança pública. A principal reclamação reside no fato de que jovens que estudam e trabalham honestamente não recebem incentivos similares do poder público, o que amplia a sensação de injustiça social.
Inversão de valores e críticas
Especialistas e parlamentares da oposição apontam que a mensagem enviada à sociedade é perigosa, sugerindo que o crime pode gerar benefícios diretos. A polêmica cresce diante da crise nos serviços essenciais, onde o cidadão comum enfrenta dificuldades diárias, enquanto o governo prioriza o destino de dinheiro público para quem já violou a ordem. O programa segue sob forte contestação, alimentando o debate sobre os limites das políticas de assistência e a necessidade de valorização do esforço e da conduta ética dos jovens cidadãos.
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