Nacional – Apesar de ser um símbolo de prosperidade no Réveillon, a lentilha quase não é plantada no Brasil. Em 2024, o país importou cerca de 13,9 mil toneladas do grão, vindas principalmente do Canadá, Argentina e Estados Unidos, movimentando quase 20 milhões de dólares. O pesquisador da Embrapa, Warley Nascimento, explica que a cultura exige temperaturas amenas, adaptando-se melhor apenas ao Sul, Sudeste e áreas altas do Cerrado.
A barreira do feijão e o preço elevado
Outro motivo para a baixa produção é cultural: a leguminosa favorita do brasileiro é o feijão, que domina o mercado e o consumo diário. Além disso, a lentilha chega a custar até seis vezes mais que o feijão por quilo, o que a torna um item sazonal para a maioria das famílias. No Rio Grande do Sul, o cultivo é restrito a pequenas propriedades de agricultura familiar, muitas vezes ligadas às tradições de descendentes de italianos e alemães.
A busca por sementes nacionais
A Embrapa Hortaliças trabalha atualmente em pesquisas de melhoramento genético para desenvolver sementes que se adaptem melhor ao clima brasileiro. O objetivo é criar variedades mais resistentes ao calor e à falta de água, buscando estimular o plantio no Centro-Sul e no Cerrado. Por enquanto, o mercado segue dominado por importadores, mas a ciência busca tornar a produção nacional mais competitiva para o futuro. Redação João Lemes/ Fonte: GZH
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