O RS ostenta um título que é vergonha: a CNH mais cara do Brasil. Para quem vive no interior, onde a vida depende do carro ou da moto, pagar quase R$ 5 mil por um documento que em outros estados custa menos da metade é um absurdo.
A diferença de R$ 3 mil escancara a injustiça. O gaúcho paga mais para ter o mesmo direito.
Um privilégio, não um direito
Essa conta pesada impede milhares de jovens de entrar no mercado de trabalho. Sem CNH, eles ficam para trás. No campo, o transporte público não existe. A habilitação não é luxo, é uma necessidade básica.
Em outros países, o documento é uma política de mobilidade. Por aqui, e especialmente no RS, o preço transforma a CNH em um privilégio.
A conta que não fecha
O Detran defende que a CNH é mais que um documento. É um curso de segurança. E a gente concorda. Mas a conta precisa ser justa. As taxas públicas são menos de 20% do total. O resto é o mercado privado sem fiscalização.
O gaúcho paga o triplo de um salário mínimo por um direito que deveria ser acessível. Se o Estado quer falar em desenvolvimento e dignidade, precisa rever este modelo. Mobilidade não pode ser privilégio de poucos. É condição básica para viver com autonomia.
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