Afinal, tem gente que vai presa apenas para ganhar o Auxílio-reclusão?

Mitos e verdades sobre esse benefício. Se você quer seguir enganado, não leia!

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(João Lemes) Em meio ao debate sobre segurança pública e direitos sociais no Brasil, poucos temas geram tanta polêmica e desinformação quanto o Auxílio-reclusão. Este benefício previdenciário, frequentemente mal compreendido e alvo de fake news, tem sido objeto de intensas discussões nas redes sociais e até mesmo nos círculos políticos. O valor atual é de um salário mínimo (R$ 1.412,00).

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Para ter direito, o segurado deve ter contribuído para a Previdência antes da prisão e sua renda mensal não pode ultrapassar o limite estabelecido em lei. Os dependentes precisam comprovar a condição de presidiário do segurado e manter atualizadas as informações sobre o regime de reclusão. O benefício é pago enquanto o segurado estiver preso e cessa em caso de fuga, liberdade condicional, cumprimento da pena em regime aberto ou morte do segurado.

Mito: O preso recebe o Auxílio-reclusão

Verdade: Este é um dos equívocos mais comuns. Na realidade, o benefício é pago aos dependentes do segurado preso, como cônjuge e filhos, e não ao próprio detento.

Mito: Qualquer preso tem direito ao benefício

Verdade: O Auxílio-reclusão não é um benefício automático. Para ter direito, o preso deve ser segurado do INSS e ter contribuído para a Previdência Social antes da prisão. Criminosos de carreira, que geralmente não têm emprego formal, não têm direito ao benefício.

Mito: O Auxílio-reclusão estimula a criminalidade

Verdade: Esta afirmação é infundada. O benefício visa amparar financeiramente os dependentes do segurado preso, não sendo um incentivo para cometer crimes.

Mito: O valor do Auxílio-reclusão é muito alto

Verdade: Circulam nas redes sociais informações falsas sobre valores exorbitantes. Na realidade, o valor do benefício é calculado com base nas contribuições do segurado e tem um teto estabelecido pelo INSS.

Mito: O Auxílio-reclusão foi criado recentemente com fins eleitoreiros

Verdade: O benefício não é uma criação recente. Ele foi instituído originalmente pelo extinto Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM) e está previsto na legislação brasileira há décadas.

Mito: Todos os presos em regime fechado recebem o benefício

Verdade: Além de ser segurado do INSS, existem outros requisitos para a concessão do benefício, como o regime de prisão e a renda do segurado antes da detenção.

Mito: O Auxílio-reclusão é um “prêmio” para criminosos

Verdade: O benefício é um direito previdenciário que visa proteger os dependentes do segurado preso, não sendo uma recompensa ao crime.

Mito: O benefício é pago indefinidamente

Verdade: O Auxílio-reclusão é temporário. Ele cessa quando o preso é libertado, morre, ou quando seus dependentes perdem esta qualidade (por exemplo, quando os filhos atingem a maioridade).

É importante desmistificar essas informações falsas para compreender melhor a função social e previdenciária do Auxílio-reclusão, evitando a propagação de desinformação sobre o tema.

1 COMENTÁRIO

  1. O valor do auxílio-reclusão é fixo e acompanha o salário-mínimo. Em 2024, portanto, ele corresponde a R$1.412. Essa é a quantia máxima a ser paga para cada família: o valor é dividido igualmente pela quantidade de pessoas que têm direito a recebê-lo.

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