
Empresa fatura 360 milhões ao ano
Santiago – A Agrosolo foi fundada pelos amigos Luís Felipe Minozzo e João Bordinhão. No entanto, há dois anos Bordinhão decidiu se dedicar a outros afazeres, deixando o comando para o seu sócio.
São três ramos:
Agricultura e pecuária, transporte e insumos, grãos e Defensivos. Hoje são 140 funcionários, várias unidades na região e uma frota de 40 caminhões. Essa estrutura levou a um faturamento de 360 milhões em 2021, disso, boa parte fica em Santiago em ICMS para vários serviços sociais.

A força do agronegócio
Minozzo ressalta que o PIB de Santiago é o resultado da grande produção na agricultura (trigo, milho, soja) e na pecuária. Ele entende que toda a área do comércio, da prestação de serviços, indústria, hospital e URI são importantes para a economia, mas é o agronegócio que determina a situação econômica. Considera que Santiago tem uma excelente estrutura urbana, segurança, sistema de saúde, educação, hotéis e fica orgulhoso de ver que os empresários vem de fora se encantam com a cidade.
Mais de 150 mil em IPVA
Segundo o empresário, a empresa contribui muito com o crescimento de Santiago e dá um exemplo prático: só do IPVA das 40 carretas da empresa e outros veículos, a Agrosolo paga mais de 150 mil. A metade desse valor fica para o município. Ele brinca: “O Governo ganha sempre. O empresário, às vezes. O Governo é um sócio majoritário que só participa dos lucros das empresas, seja municipal, estadual ou federal”.

Boas notícias
Minozzo afirma que acompanha as notícias pelo Nova Pauta e que a cidade vai bem. Citou o prêmio Prefeito Empreendedor, pelo projeto Pila Verde e inauguração da escola São José. Segundo ele, os impostos ajudam nessas conquistas.
Temos que ter a cultura de comprar em Santiago
Ele ressalta também a importância das pessoas priorizarem suas compras na cidade. “Muitas vezes, por causa de uns centavos, abastecem em postos fora da cidade. Mas todo mundo deixa de ganhar por isso. Temos que ter a cultura de comprar em Santiago, pois aqui os empregos são gerados e os impostos aplicados pelo crescimento de todos”, afirmou, ressaltando que os postos daqui têm os melhores preços do Estado.

Estiagem: certas lavouras nem vale a pena colher
A estiagem deste ano foi a mais agressiva que já viu desde 1980, quando começou a trabalhar no setor agrícola, onde possui formação. Além da temperatura de 40 graus, as plantas sofreram com o calor do sol, resultando em morte ou estresse da planta que não produziu. Por causa disso, a safra 2022 foi de baixa qualidade. Tanto, que alguns locais se desistiu até de usar as máquinas para colher, porque não cobriria o custo.
A safra vira ração
Uma das saídas foi comprar a produção de Mato Grosso pra misturar com o que deu pra salvar aqui e atender alguns compromissos. Ressalta que a safra foi fora de padrão, que vai dar pra usar pra ração e outros produtos, mas não para a produção de óleo de soja. Pontua que as perdas no setor do agronegócio acabam refletindo também no comércio e na construção civil local.

A guerra da Rússia
Sobre a economia mundial globalizada, a guerra da Rússia e Ucrânia atinge a todos, já que 60% dos fertilizantes vêm da Rússia e quase 40% do trigo vem da Rússia e da Ucrânia. Por causa desse conflito, os insumos aumentaram e os custos também.
Preço dos combustíveis
Sobre o preço do combustível no Brasil, Minosso observa que há dois fatores que influenciam a oscilação: o custo do petróleo e o dólar. Apesar do Brasil ser autossuficiente em petróleo, não é no refino. Só quando for autossuficiente no refino é que poderá ter a estabilidade dos preços.
