Santiago – RS – (Araponga) A última sessão da Câmara foi um espetáculo, com direito a provocações, respostas afiadas e um desfile de cargos na passarela. Tudo começou quando o vereador Eldrio Machado (PP) resolveu dar uma aula prática sobre o que é demagogia, usando o exemplo dos beira trilhos, aquele problema que, segundo ele, não se resolve com discurso bonitinho.
O Magdiel e o peito estufado
Magdiel, que não é de perder a deixa, sentiu que o recado vinha com destinatário rastreio. Pegou o microfone, manteve a pose educada, mas foi direto: “Não é demagogia, é trabalho”. E já que o tema estava quente, aproveitou para falar dos cargos da prefeitura. Bateu no peito e disse que não foi a oposição, foi ele quem falou que “muitos cargos são acmodações políticas”. Ainda jogou luz sobre uma curiosidade: dos ex-vereadores que não concorreram ou não se elegeram, todos estão empregados na prefeitura, menos Eva (por ser de partido contrário) e Décio Loureiro, que tem vaga na Famurs.
A tréplica e a matemática dos cargos
Eldrio, meio com o freio de mão puxado, mas ainda mordido, devolveu: os cargos que Magdiel tanto fala servem para formar um grupo qualificado e evitar terceirizações, que o próprio Magdiel já havia criticado. Lembrou ainda que, quando se fala em criar cargos, é bom pensar duas vezes, já que até a proposição de Magdiel sobre os prédios históricos de Santiago precisaria de mais servidores para funcionar.
O golpe final
Para encerrar a ópera, Dionathan Farias (PP) entrou na peleia e soltou a frase que ficou ecoando no ar: “Não pode confundir pronunciamento com ranço político”. Foi aplaudido silenciosamente por quem entendeu o recado e, no fundo, a sessão terminou com todo mundo saindo com aquela sensação de que, no fim, a política é um eterno “disse, não disse”, e com bastante cargo no meio.
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