Rio de Janeiro – O CAC Eduardo Bazzana, de 68 anos, era presidente do Clube Americanense de Tiro, em Americana, São Paulo, e dono de duas lojas de armas e munição registradas no Exército. A investigação da Polícia Civil descobriu que ele forneceu R$ 1,6 milhão em munições de diferentes calibres ao Comando Vermelho (CV), usados em confrontos com a polícia e em invasões de favelas rivais no Rio de Janeiro. Eduardo Bazzana foi preso durante uma operação deflagrada pela Polícia Civil do RJ em conjunto com o Ministério Público.
Os contatos entre Bazzana e a facção ocorreram por meio de pagamentos feitos por laranjas às suas contas pessoais e às contas de suas empresas. Esses pagamentos foram confirmados por comprovantes extraídos da conta de WhatsApp de Luiz Carlos Bandeira Rodrigues, o Da Roça, líder do CV na Zona Oeste do Rio. A correspondência entre valores e datas nos comprovantes e na planilha da facção reforça o envolvimento de Bazzana na venda direta de armamento ao grupo criminoso.

Apesar de ser visto como empresário respeitado e referência no tiro esportivo, Bazzana utilizava sua posição para facilitar a compra de munição e armamento pelo CV. A denúncia aponta que Bazzana recebeu recursos provenientes do tráfico, utilizando sua influência e as empresas registradas no Exército para viabilizar operações do fundo de guerra da facção, que sustenta a compra de armas de grosso calibre.
A investigação ainda mostrou que Da Roça, fez o Comando Vermelho gastar mais de R$ 5 milhões em um mês com armas e munição, incluindo 44 mil cartuchos e 14 fuzis.
Fonte: O Globo.
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