Gumercindo Saraiva foi líder maragato na Revolução Federalista e morreu em 10 de agosto de 1894 devido a um tiro no tórax durante o combate do Carovi. Essa revolução ocorreu no Sul do Brasil entre os anos de 1893 e 1895.
Circunstâncias e controvérsias
Existem diferentes versões sobre as circunstâncias da sua morte, com relatos de que ele estava como observador no momento do ataque. O tiro veio do mato, disparado por um ex-federalista que virou a casaca. A cabeça de Saraiva foi transportada a Porto Alegre, mas o destino final da cabeça é incerto, com versões conflitantes sobre seu paradeiro.
Consequências e legado
O corpo foi inicialmente enterrado no Cemitério dos Capuchinhos de Santo Antônio e, mais tarde, exumado e levado ao Uruguai por seu irmão. Em 1918, transferiram os restos mortais para Santa Vitória do Palmar. A morte de Gumersindo e a mutilação de seu corpo marcaram profundamente a Revolução Federalista, evidenciando a brutalidade do conflito.
A Revolução Federalista ocorreu entre 1893 e 1895 no Brasil, principalmente no RS, Santa Catarina e Paraná. Foi um conflito entre os federalistas (maragatos), que defendiam um sistema parlamentarista descentralizado, e os republicanos (pica-paus), que apoiavam um governo centralizado. Estima-se que entre 10 mil e 12 mil mortos.

VEJA MAIS DETALHES
No livro Triste Fim de Gumercindo Saraiva (Acervus Editora), o professor da Unipampa Cláudio Júnior Damin reconta as últimas horas do rival de Júlio de Castilhos, a morte e a mutilação do cadáver. A cabeça do general foi carregada como troféu de guerra.
Ao lado de Gaspar Silveira Martins, Joca Tavares e do irmão Aparício Saraiva, Gumersindo estava entre os líderes dos federalistas, que confrontaram o presidente do Brasil, Floriano Peixoto, e seu aliado Júlio de Castilhos, presidente do RS. Questionavam o poder centralizado no regime republicano, defendendo sistema parlamentarista. Os republicanos acusavam Silveira Martins, ex-aliado de Dom Pedro II, e sua turma de tentar restaurar a monarquia.
Gumercindo nasceu em Arroio Grande, município gaúcho, mas cresceu na fronteira com o Uruguai. Pouco falava em português, sendo apontado pelos adversários como estrangeiro, castelhano.

Depois da morte, em 10 de agosto de 1894, surgiram diferentes versões contadas por republicanos e federalistas. O professor Damin destaca que Gumersindo não estava em posição de ataque ou defesa, mas como observador do ataque contra os pica-paus. Naquela tarde, no Carovi, o tiro partiu do mato, sem possibilidade de revide. O atirador, que ficou no anonimato, provavelmente era um ex-federalista, capturado e que virou a casaca para evitar a degola. Os louros ficaram com o tenente-coronel da Brigada Militar José Bento Porto, comandante da tropa.
PARTICIPE DAS NOSSAS REDES SOCIAIS:
- Instagram: npexpresso
- Facebook: NPExpresso
- Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui