Internacional – Um deslizamento de terra matou mais de mil pessoas no vilarejo de Tarasin, na região de Jebel Marra, oeste do Sudão. A tragédia ocorreu no domingo (31), após dias seguidos de chuvas fortes. Segundo o Movimento de Libertação do Sudão (MLS), grupo rebelde que controla a área, apenas uma pessoa sobreviveu.
“As primeiras informações indicam que todos os moradores da aldeia morreram. É uma cena devastadora”, afirmou o grupo em comunicado.
O líder do MLS, Abdulwahid al Nur, pediu ajuda urgente da ONU e de outras organizações internacionais para recuperar os corpos ainda soterrados. “Isso está além da nossa capacidade. A lama destruiu tudo”, disse ele.
Imagens divulgadas pelo movimento mostram a aldeia completamente coberta por lama e pedras, com casas destruídas e árvores arrancadas pela raiz.
O governador de Darfur, Minni Minnawi, chamou o episódio de “tragédia humanitária que transcende fronteiras” e reforçou o apelo por ajuda internacional.
Guerra e crise agravam situação
O deslizamento acontece em meio à guerra civil que há três anos devasta o Sudão, travada entre o Exército e as Forças de Apoio Rápido (FAR). O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos e obrigou milhões a fugir de suas casas.
A região de Darfur, além de sofrer com a fome, permanece em grande parte inacessível para organizações humanitárias, o que dificulta ainda mais a chegada de socorro às vítimas.
Segundo a ONU, quase 10 milhões de pessoas estão deslocadas dentro do Sudão e outras 4 milhões buscaram refúgio em países vizinhos.
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