Em uma reviravolta que promete agitar as estruturas, o cenário eleitoral se aquece com a pré-candidatura de Paulo Carvalho (PSB) pelo Partido Progressista (PP), marcando seu retorno ao cenário político, agora aliado aos que antes ele combatia. Este movimento sinaliza uma eleição municipal que pode ser uma das mais peculiares da história.
Terceira derrota
Lembramos que o PP vem de três derrotas para a UPA. A última foi com Ademar e Ernani, na vitória do atual prefeito Renato Gambá, mesmo após ter sido cassado pela Justiça, justo por uma emboscada que o PP montou e que acabou levando o município a um gasto exorbitante com a eleição suplementar.
Aliança inesperada
O diretório do PP anunciou com entusiasmo a formação da coligação com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), revelando o ex-prefeito Paulo Carvalho como seu pré-candidato. A notícia veio como uma grande surpresa para muitos, dada a trajetória política anterior de Carvalho, marcada por altos e baixos, incluindo controvérsias com direito à famosa CPI da Maragata.

Um passado polêmico
Paulo Carvalho ocupou o cargo de prefeito em dois mandatos, de 1993 a 1996 e de 2001 a 2004, pelo PDT, sigla que integra a UPA. Sua saída do PDT ocorreu em um momento crítico, quando o partido optou por outro Paulo, o Salbego, que posteriormente venceu a eleição contra o PP. Este mesmo Paulo ou Paulinho que concorre agora pela UPA.

CPI da Maragata
Durante seu mandato, Paulo Carvalho enfrentou uma CPI, apelidada de “banquinho municipal”, ou CPI da Maragata, e teve desavenças notórias com o jornal Expresso, o que culminou no fim da era Carvalho e no retorno do PP ao poder com Ademar e Ernani. (Lembram do fusca de placa 2753?).

O 11 pode sumir?
Agora, sob a bandeira do PP, Paulo Carvalho (PSB) busca redenção e uma nova oportunidade de liderar São Francisco. Seu retorno é visto por alguns como uma manobra audaciosa, capaz de desafiar expectativas e gerar controvérsias até no próprio PP, que possivelmente não verá seu famoso número 11 nas propagandas, pois dará lugar ao 40, do PSB.
Tio e sobrinho
Seu sobrinho, Vasco Carvalho, também ex-prefeito pela UPA, encerrou seu mandato com uma célebre cassação por compra de votos. Mas que segue na trincheira da UPA. Quanto aos laços familiares, não se sabe se tio e sobrinho se visitam muito. Pois quando Paulo retornou (em 2001 – após a gestão de Vasco), foi pra a rádio no inicio do governo e detonou a Administração sobrinho. Aí que romperam os laços.
Então, se já não se amavam muito, agora as famílias terão mais um dilema.
Batalha campal
A eleição promete ser uma batalha no campo das ideias, legados, CPIs e a busca por redenção. De um lado um Paulo com ideias radicais e sua aversão à imprensa; de outro, um Paulo que se consagrou com seu grande governo (anterior ao prefeito Gambá), que implementou uma nova forma de gestão na São Chico dos vinhos e salgadinhos do “nosso Horácio” (PP), a começar pela grande economia que fez.
“Resta saber se o rebrotar desse Carvalho vai vingar dentro dessa inesperada aliança.”
Em tempo – Para se ver como a UPA ainda está na cabeça de Paulo Carvalho, que ele segue destacando o trabalho dos seus antigos aliados. Essa postagem com enfoque ao atual prefeito da UPA está na sua rede social.
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