Serra, RS – A Polícia Civil de Bom Jesus, com apoio da Draco de Vacaria, prendeu um funcionário do Banco do Brasil suspeito de aplicar golpes que podem ter chegado a 1 milhão. O suspeito, identificado como Andrey Rottini, de 28 anos, é investigado por estelionato qualificado.
A Justiça determinou a prisão preventiva, além do bloqueio de contas e bens. Também foram cumpridos quatro mandados de busca em São Francisco de Paula e Canela, em endereços ligados a ele.
Como funcionava o golpe
Segundo a investigação, iniciada em maio de 2025, a maioria das vítimas eram idosos e pessoas com baixa escolaridade. O suspeito entrava em contato oferecendo a liberação de empréstimos negados. Em mensagens enviadas às vítimas, dizia: “Quero voltar a lhe dar crédito. Venha que lhe aguardo, terei boas notícias.”
No atendimento, ele coletava dados pessoais, fazia o reconhecimento facial e usava essas informações para cadastrar maquininhas de cartão e emitir cartões de crédito. As compras eram feitas em nome das vítimas, muitas vezes na própria cidade, sem qualquer disfarce.
Prejuízo às vítimas
Ao menos 32 clientes já registraram ocorrência. Em um dos casos, um aposentado acumulou 22 mil em dívidas em um cartão emitido fraudulentamente. Há relatos de prejuízos em empréstimos consignados e até em planos de saúde, que reduziram a renda mensal de idosos.
O Banco do Brasil afastou o funcionário após uma sindicância interna, mas, de acordo com o delegado Gustavo Costa do Amaral, os crimes continuaram:
— Apesar de afastado, ele abriu contas digitais e seguiu fraudando pagamentos, causando prejuízos inestimáveis às vítimas.
Vida de luxo e histórico de golpes
De acordo com a polícia, o dinheiro dos golpes era usado em viagens internacionais e hospedagens em hotéis de luxo em Gramado e Canela.
O suspeito já tinha antecedentes por extorsão e estelionato e foi encontrado em Canela, vivendo em um apartamento alugado com contrato falso. A investigação revelou ainda que ele já havia trabalhado em outros bancos e aplicava golpes há pelo menos três anos.
Além disso, usava documentos de funcionários de uma loja de móveis de sua propriedade, em São Francisco de Paula, para alugar imóveis e seguir com as fraudes.
Fonte: Pioneiro/GZH
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