Brasília – Em outubro do ano passado, a Polícia Federal encontrou mensagens no celular da advogada Renata Pimentel, filha do desembargador Sideni Soncini Pimentel. Ela é investigada na Operação Última Ratio, que mostram tentativas de pagar boletos altos com dinheiro vivo. Em uma conversa com a gerente do banco, Renata tentou quitar um financiamento de 213 mil em espécie, mas teve o pedido negado. A gerente explicou que só aceita esse tipo de pagamento até 10 mil.
Diante disso, o contador de Renata sugeriu declarar o valor como “empréstimo do sócio para a empresa”. A PF suspeita que o dinheiro tenha vindo da venda de decisões judiciais feitas pelo pai dela, o desembargador Sideni Pimentel, também investigado.
A operação também apura a compra de uma caminhonete de 250 mil por Renata para o pai, paga em parte com dinheiro em espécie. E mais: mensagens apontam que ela teria recebido 920 mil para liberar, com ajuda do pai e de outros dois desembargadores, a venda de uma fazenda bloqueada judicialmente.
A PF vê indícios de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude fiscal. As provas já foram enviadas ao ministro Cristiano Zanin, do STF, relator do caso.
Fonte Correio ndo Estado