Já viu uma prancha que flutua sobre a água?

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Essa nova modalidade chama a atenção no litoral gaúcho

Em cima de uma prancha, um surfista desliza pelas ondas do litoral norte gaúcho sem que a prancha entre em contato com a água. Parece um tapete mágico. É como se ele flutuasse sobre o mar. Nas mãos, uma vela serve para colocar o surfista na onda. Depois, ele sai fazendo manobras. Trata-se do wing foil, modalidade definida como uma evolução do hydrofoil, windsurf e kitesurf pelo atleta e instrutor gaúcho Elias Seadi, 35 anos. A notícia é de GZH.

Em 2007 o instrutor deixou o país com destino ao Havaí. Lá, por quatro meses, focou em treinos e competições de kitewave, windsurf, foil e viu o começo do wing foil.

Quem observa tenta entender o que faz a prancha flutuar. É que nesse caso, diferente do surf, o equipamento é acoplado com um mastro e uma asa na ponta, formando uma quilha, que precisam ficar imersos na água para projetar o atleta à superfície. Se a estrutura emergir demais, o praticante capota no mar. Para se manter em equilíbrio, é preciso alternar o peso entre as pernas. É tanta força que a perna chega a travar, ao menos segundo relatos de quem gosta tanto que fica por um tempo considerável no mar

Para deixar tudo mais complexo, ainda tem a vela, a maior diferença entre o foil e o wing (asa, em inglês). Com ela nas mãos, o atleta precisa usar o vento a seu favor para ir até o ponto onde vai embarcar na onda.

O wing funciona quase como um jet ski, “rebocando” o atleta com a prancha para dentro e fora do mar. Depois disso, a vela é segurada com um das mãos para trás do corpo e para baixo, e fica “anulada”, sem interação. Aí, é só curtir. Conforme Seadi, em uma onda boa, é possível ficar por cerca de cinco minutos fazendo curvas, pulos e todos os tipos de manobras que conseguir.

O professor estima que sejam necessárias ao menos sete horas/aula para quem já pratica um dos esportes aquáticos, e 20 horas/aula para os recém chegados, que iniciam os treinos em lagoas mais desertas.

Conforme Seadi, o novo esporte vem atraindo adeptos em todo o mundo:

“É uma tendência mundial. Uma modalidade nova, que tem cerca de quatro anos. Ela reúne noções desses outros esportes, que às vezes a pessoa já saturou de praticar, e por isso é como uma evolução das outras atividades. Chama atenção pelo desafio que é, porque não é qualquer um que consegue fazer. Normalmente, as pessoas de outras modalidades descobrem o wing foil por um amigo, um conhecido, e aí não querem ficar para trás, querem testar, se desafiar também, e acabam adorando. No Havaí, onde treinei e competi, se vê wing foil todos os dias, vem atraindo muitos atletas, amadores e profissionais.”

A sensação viciante do esporte se deve, ao menos em parte, ao momento em que o praticante consegue permanecer sobre a onda, conta Seadi:

“Você consegue ficar sobre a prancha por minutos, curtindo o silêncio, a vista, o mar. Pode deslizar, dar pulo, fazer todos os tipos de manobras que quiser e conseguir criar. É uma sensação maravilhosa. Quando foi perdendo força, você levanta o wing de novo e se recoloca em uma onda.”

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