O MTE responsabilizou a JBS AVES por submeter dez trabalhadores a condições análogas à escravidão no RS. As vítimas realizavam jornadas de até 16 horas diárias na coleta de frangos e consumiam animais descartados pela empresa. Algumas buscaram atendimento médico com sintomas de esgotamento físico após longos períodos de trabalho sem intervalos fixos para alimentação.
A fiscalização identificou que as vítimas viviam em alojamentos precários, sem água e com banheiros inadequados. Elas acumulavam dívidas ilegais referentes a transporte e alimentação, usadas para mantê-las presas ao trabalho. A JBS Aves foi considerada a principal responsável, pois definia cronogramas, locais e horários das atividades executadas pela terceirizada MRJ Prestadora de Serviços.
Parte das vítimas foi aliciada no Nordeste com falsas promessas de boas condições de trabalho. Um trabalhador estrangeiro relatou ameaças do supervisor, que afirmou que ele seria deportado caso denunciasse a situação. A JBS Aves e a MRJ receberam autos de infração por manter trabalhadores em regime análogo ao de escravidão. A empresa afirmou que suspendeu o contrato com a terceirizada e recorre da autuação.
Fonte: Repórter Brasil/Daniela Penha/Poliana Dallabrida/André Campos.
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