Porto Alegre – RS – Uma decisão da Vara de Meio Ambiente proibiu o uso do herbicida 2,4-D em várias regiões do estado até o fim de 2025. O processo, movido por produtores de frutas, apontou prejuízos causados pela deriva do defensivo, que pode se espalhar em um raio de até 30 quilômetros.
Os impactos da decisão
O uso do 2,4-D vinha afetando vinhedos na Campanha Gaúcha, com danos na brotação, abortamento de flores e queda de produtividade. A Justiça determinou ainda que o governo comprove fiscalização eficaz, crie um fundo de compensação e adote medidas de pagamento por serviços ambientais. Em caso de descumprimento, haverá multa de R$ 10 mil por dia.
A posição dos produtores de vinho e frutas
A presidente da Associação Vinhos Finos da Campanha, Rosana Wagner, afirmou que o setor enfrenta queda constante na produção e que a proibição é necessária para garantir o direito de produzir sem riscos causados por outras culturas.
A preocupação dos produtores de grãos
Representantes de sojicultores e arrozeiros alertam que a medida traz dificuldades para a safra 25/26. O presidente da Cotrisul, Gilberto da Fontoura, destacou que muitos agricultores já investiram em sementes da tecnologia Enlist, que depende do 2,4-D, e que alternativas podem elevar os custos.
A discussão política
A Assembleia Legislativa debate o tema na Subcomissão dos Herbicidas Hormonais e aprovou um relatório com medidas para reduzir prejuízos, como a criação de zonas de exclusão, vazio sanitário e um fundo estadual de indenização. O deputado Adão Pretto Filho defende maior fiscalização para evitar que a soja e o arroz transformem o RS em monocultura, enquanto produtores de vinho pedem que o governo não recorra da decisão judicial.
Fonte: Canal Rural.
Acompanhe o NP pelas redes sociais:
- Tiktok: @np.expresso
- Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui
- Instagram: npexpresso
- Facebook: NPExpresso