Santiago – Na madrugada de sexta, 24, a loja Stanford’s Multimarcas foi alvo de tentativa de arrombamento. Um grupo de adolescentes (havia até uma menina) mais um maior de 18 anos, tentou quebrar a vitrine a pedradas. O alarme disparou e eles fugiram, mas a Brigada os interceptou e todos foram dar explicações na Delegacia. Um dos envolvidos conseguiu escapar, mas as imagens ajudaram na identificação. Assim, a prisão já foi solicitada ao judiciário. Para entender melhor o ocorrido e discutir a segurança no Calçadão, o NP conversou com o empresário Kamal Amer, proprietário da Stanford’s Multimarcas.

“Um bar virou foco da criminalidade, de onde saem drogados e bêbados para cometer furtos, arrombamentos e até assaltos.”
Pode nos dar mais detalhes sobre a tentativa de arrombamento em sua loja?
Kamal Amer – A tentativa só não teve êxito porque usaram uma pedra um pouco porosa e encharcada, que se esfacelou na vitrine. Imediatamente, houve barulho e a vizinha do prédio ao lado ouviu e gritou da sacada, quase 5 horas da manhã. Saímos e conseguimos chamar a Brigada, que capturou os menores, de 14 a 16 anos, e um maior de idade. Porém, outro maior de idade o que atingiu a vitrine com a pedra, conseguiu fugir. Por meio do disque-denúncia conseguimos a ficha dele e já passamos para a polícia, que pediu à juíza um alvará de prisão.
O senhor mencionou problemas com a segurança no Calçadão. Poderia explicar melhor?
Kamal Amer – O Calçadão está muito desatendido. As câmeras no cruzamento da Getúlio Vargas com a Marechal Deodoro, na primeira quadra, acredito que não estão nem sendo ligadas ou monitoradas. Se não fosse por nós, e pela vizinha, a Brigada nem teria vindo. O Centro Empresarial, através dos lojistas, paga cerca de 7 mil por mês para essa vigilância em parceria com a Brigada. Mas e será que há identificação e pronto-atendimento de quem está na sala de observação? Isso precisa ser esclarecido.
“Se não fosse por nós, e pela vizinha, a Brigada nem teria vindo.”
Qual seria a solução para melhorar a segurança no local?
Kamal – A Brigada fez um ótimo trabalho, sendo repressiva. Graças a eles, quase todos foram capturados. Mas eles vêm quando chamados. Seria interessante deixar uma viatura no Calçadão à noite, atravessada na calçada da primeira ou segunda quadra, com o giroscópio ligado. Isso inibiria a criminalidade. Vou levantar essa questão com o major Franco.
Houve outros problemas durante a ocorrência?
Kamal Amer – Sim, ficamos das 5 às 8 da manhã procurando os pais dos menores e tentando contatar o Conselho Tutelar, mas o telefone só chamava. Foi desesperador para a Polícia Civil e a Brigada não conseguir retorno do órgão.
Contraponto – A redação entrou em contato com o Conselho Tutelar e soube que o número da sede não funciona de madrugada, mas para isso existe um telefone com alguém de sobreaviso (plantão). Que talvez tenha havido esse contratempo. Mas está sempre à disposição.
Foco de criminalidade
Identificamos também que eles beberam em um Bar, um foco de criminalidade segundo a Brigada e a Civil, de onde saem drogados e bêbados para cometer furtos, arrombamentos e até assaltos. E nessas horas nos perguntamos: onde atua o Conselho Tutelar?

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