Estados Unidos e Venezuela, historicamente em lados opostos politicamente, surpreenderam ao fazer uma troca de prisioneiros no dia 18 de julho. Foram libertados 10 americanos presos na Venezuela, e 252 venezuelanos deportados pelos EUA para El Salvador foram enviados de volta ao seu país.
O acordo, segundo o secretário de Estado Marco Rubio, também inclui a libertação de presos políticos na Venezuela. A negociação mostra que, apesar das diferenças, os governos de Trump e Maduro conseguiram manter um diálogo pragmático.
Essa aproximação começou ainda em janeiro, quando um enviado de Trump foi a Caracas e voltou com seis americanos libertados. Em troca, Maduro teria aceitado receber de volta os venezuelanos deportados. Mais tarde, surgiu a proposta de uma nova troca, que ficou parada por disputas dentro do governo americano.
Um dos pontos de conflito foi a Chevron, empresa americana de petróleo que atua na Venezuela. Enquanto alguns, como Rubio, são contra aliviar sanções, outros, como Richard Grenell e o próprio Trump, são mais abertos a negociações com benefícios econômicos para ambos os lados.
O caso também levanta dúvidas sobre a postura dos EUA em relação aos migrantes enviados a El Salvador. O presidente salvadorenho, Nayib Bukele, havia dito que muitos dos deportados eram criminosos ligados ao grupo Tren de Aragua, considerado terrorista pelos EUA. No entanto, o retorno deles à Venezuela indica que a situação pode ser mais complexa do que o governo americano declarou até agora.
Fonte: BBC
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