(João Lemes) O projeto de lei que endurece a punição para donos de cães perigosos soltos em Santiago é mais do que urgente: é uma admissão de que o óbvio não está sendo cumprido. É inaceitável que, com tantas notícias de ataques, e até mortes, de crianças por pitbulls e outras raças, a negligência dos donos continue sendo tratada como um mero ‘acidente isolado’. A lei já existe e é clara: cão deve estar no pátio, e cães perigosos na rodovia ou na rua, só com guia e focinheira. O problema não é o animal, é o sujeito que o cria e o solta, transformando um risco potencial em uma ameaça real e constante à comunidade.
A mordida tem que ser bolso
O ataque de dois pitbulls que invadiram casas e uma escola em Santiago soou como um alerta que a cidade não pode ignorar. O vereador Eldrio Machado, com o apoio do colega Oziel Soares, está propondo uma solução direta e necessária: responsabilizar o dono no bolso e no CPF. A proposta de autorizar o município a assumir o controle imediato, atender a emergência e depois cobrar todos os custos do responsável, além de multas severas, é o único caminho para fazer a lei sair do papel. Chega de empurrar o problema com a barriga, esperando que a próxima vítima não seja um filho, um idoso ou o próprio vizinho.
Santiago precisa tomar a dianteira e agir antes que o pior aconteça. É tempo de parar de romantizar a posse irresponsável de animais e começar a proteger a vida humana. Não dá para esperar uma tragédia para, só então, endurecer as regras. O problema está aí, andando solto pelas ruas. A aprovação deste projeto não é apenas uma atualização do Código de Posturas, é um ato de responsabilidade e coragem que coloca a segurança da população em primeiro lugar. Amanhã, pode ser tarde demais para lamentar.
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