Nacional – A Anvisa esclareceu, no fim de outubro, que glitters e pós decorativos com plástico em sua composição não podem ser usados em alimentos. A nota foi emitida após vídeos nas redes sociais mostrarem o uso desses produtos em doces e confeitos.
Segundo a agência, substâncias como polipropileno (PP), PET, PVC e PMMA são permitidas apenas em objetos decorativos não comestíveis, como enfeites de festas, ou em embalagens e utensílios aprovados para contato com alimentos — mas nunca para ingestão.
Especialistas explicam que, embora esses materiais sejam considerados atóxicos, não são comestíveis. A engenheira de alimentos Iara Janaína Fernandes, da Unisinos, lembra que “atóxico não quer dizer que pode ser ingerido”. Já a química Marta Nunes, da Uergs, alerta que o glitter em pó adere facilmente a bolos e doces, tornando impossível removê-lo antes do consumo.
Profissionais da confeitaria admitem que o uso de glitters decorativos se popularizou sem que muitos verificassem os rótulos. A Anvisa orienta que consumidores e confeiteiros confiram a lista de ingredientes e a denominação de venda: apenas produtos identificados como corantes ou aditivos alimentares são seguros.
A agência investiga se há comercialização irregular de produtos com plástico e promete adotar medidas cabíveis.
Além do risco à saúde, o glitter sintético também contribui para a poluição ambiental, por liberar microplásticos no solo e na água.
GZH
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