Por que cresce o número de pessoas que preferem ter animais e não filhos?

Liberdade, economia e consciência social estão entre os motivos apontados por jovens

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Geral – Perfis em redes sociais, festas de aniversário, roupas sob medida e até carrinhos de passeio: os animais de estimação assumem cada vez mais o lugar de “filhos” na vida de muitos jovens. Em várias partes do mundo, cresce o número de pessoas que afirmam não querer ter filhos, mas não abrem mão de ter um cão, um gato ou outro animal. A decisão está ligada ao desejo de liberdade, ao amor incondicional e, em muitos casos, a fatores econômicos e sociais.

Mais liberdade e menos compromisso

Muitos veem nos animais uma forma de ter companhia e afeto sem abrir mão da individualidade. Para eles, cuidar de um pet exige menos do que criar um filho. O psicólogo Nicolas Andersson explica que os pets trazem amor e alegria, mas não exigem grandes sacrifícios da rotina. Ele e a namorada optaram por não ter filhos para manter a liberdade e têm dois cães que consideram como parte da família.

A maternidade e paternidade não são mais obrigatórias

Há também quem nunca tenha se visto no papel de mãe ou pai. É o caso de Lucía Bandol, que desde cedo não se interessou pela maternidade. Ela prefere o carinho dos seus gatos, Magnum e Silvestre. Para ela, os pets satisfazem a necessidade de dar e receber amor, sem as renúncias que um filho exige. A psicóloga Yulieth Cuadrado destaca que cuidar é algo instintivo no ser humano e os animais ajudam a suprir esse lado emocional.

O peso do fator econômico na decisão

Outro ponto central é o custo de vida. Jovens relatam que sustentar um filho exige uma estrutura financeira difícil de alcançar no cenário atual. Gastos com moradia, educação e saúde pesam na hora da escolha. Já os animais demandam menos recursos. Ignacio Martínez Larrea comenta que entre os amigos dele, quase todos preferem pets por causa das despesas mais baixas.

O futuro do planeta também pesa na escolha

Para alguns, a preocupação ambiental reforça a decisão. O medo de colocar um filho em um mundo marcado por mudanças climáticas e desastres naturais é real. Secas, enchentes e escassez de recursos tornam a ideia de ter um filho algo que parece pouco responsável diante do cenário global.

Amor e vínculo além dos laços de sangue

Apesar das razões práticas, o amor pelos animais é o que mais move essas escolhas. Os pets oferecem companhia, afeto e ajudam a reduzir o estresse. Para muitos, isso basta. O vínculo criado com os bichos se torna tão forte quanto o de uma família tradicional e ajuda a preencher a vida de quem opta por não ter filhos.

Fonte: Adaptado de reportagem internacional e O Globo

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