O serviço não é mais ofertado por não atender aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A informação foi confirmada em nota oficial divulgada pelo hospital. De acordo com o comunicado, a principal razão para a ausência do serviço é a baixa demanda. Em 2023, foram registrados apenas 63 partos. Número muito inferior ao mínimo exigido pelo Ministério da Saúde, que é de 40 partos por mês.
Falta de demanda e equipe qualificada
Além da demanda insuficiente, há outros fatores. A equipe de enfermagem, por exemplo, não possui a qualificação necessária em obstetrícia para atender as gestantes de forma segura. Além disso, a cidade não conta com a infraestrutura adequada, como a presença de um centro de referência a menos de 60 minutos de distância, com transporte disponível 24 horas por dia.
Custos elevados
A alternativa seria ter uma equipe completa de médicos, incluindo anestesista, pediatra e obstetra, disponíveis 24 horas, o que é inviável para Jaguari, tanto em termos de custo quanto de disponibilidade de profissionais. O custo mensal para manter essa equipe seria superior a 100 mil. Atualmente, as gestações de alto risco estão aumentando, exigindo acompanhamento e partos em hospitais de grande porte, como o HUSM, de Santa Maria.
Inviável e ilegal
As cidades pequenas, para terem centros de parto, acabam unindo suas populações a fim de conseguir ter um local para parto de baixo risco. No caso de Jaguari e região, a referência é Santiago. “Infelizmente, não é uma realidade e não será ter partos em Jaguari que não sejam de emergência. É inviável e ilegal”, esclarece a direção do HCJ.

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