Estado – Com o sexto maior déficit de vagas no sistema carcerário do Brasil, o Rio Grande do Sul prevê a construção de novos presídios nos próximos dois anos. A promessa foi feita pelo governador Eduardo Leite, em entrevista concedida à Rádio Gaúcha, durante missão internacional na China.
O governador informou que está acompanhando as ações de segurança pública do Estado, especialmente após o homicídio de um preso na Penitenciária de Canoas. Duas novas obras já foram autorizadas nesta segunda-feira (25): uma em Passo Fundo, no Norte do Estado, e outra em São Borja, na Fronteira Oeste.
Expansão do sistema
Além dessas obras, cidades do Sul do Estado e Caxias do Sul, na Serra, serão as próximas a receber novas cadeias, com previsão de conclusão até o fim de 2026. O governador destacou que as construções utilizarão modelos rápidos, com prazo estimado de cerca de um ano.
— Antes do final deste governo, devemos passar de 25 mil para aproximadamente 35 mil vagas no sistema prisional. Isso representará um aumento de 40% na capacidade — afirmou o governador.
Eduardo Leite também destacou os avanços no Presídio Central de Porto Alegre, que será substituído por uma nova unidade, com inauguração prevista para o início de 2025. Além disso, novos módulos de segurança na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) serão entregues em breve, no retorno de sua viagem.
— No dia 29, entregaremos 76 celas individualizadas, equipadas com bloqueadores de celular e sistemas de isolamento para líderes de facções criminosas. Essa estratégia integrada com o Judiciário e o Ministério Público inclui a criação de uma vara especializada de execução criminal para a Pasc, fortalecendo o combate às organizações criminosas — explicou o governador.
Apuração rigorosa sobre morte em presídio
Sobre o assassinato de Nego Jackson dentro da penitenciária de Canoas, Leite reforçou que o crime é inadmissível. Segundo as investigações, Rafael Telles da Silva, conhecido como Sapo, executou a vítima após receber uma arma dentro da prisão.
— Haverá uma apuração rigorosa e consequências para aqueles que, por omissão ou ação deliberada, permitiram que isso acontecesse — garantiu o governador.
Com essas medidas, o governo busca enfrentar o déficit de vagas no sistema prisional e reforçar a segurança dentro e fora dos presídios.
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