(por João Lemes)
Não há maior ramo lucrativo que vender comida e remédio. Em Santiago, são mais de 30 farmácias e uns 30 supermercados, fora os botecos e armazéns. Outra confirmação do lucro são as polêmicas que surgem sobre esses estabelecimentos. Uma é sobre o horário dos mercados: eles abrem às oito, não fecham ao meio-dia e seguem até as 18:30, 20:30… abrindo aos sábados e até domingos. E sobre as farmácias, são os plantões depois das 10 da noite que geram discussões.
Agora, os funcionários de supermercados estão reclamando da carga horária, e que têm que aguentar até domingo. Mesmo que as horas sejam compensadas na semana, alguns não querem, tendo em vista que a troca (domingo por dia semanal) é algo difícil de ser compensado. Mas em geral, quase todo o comércio de Santiago aperta seus trabalhadores, pois a jornada é muito extensa.
O engraçado é que alguns patrões e treinadores desses empregados insistem em chamá-los de “colaboradores”. Dizem que é moderno e que os valoriza. Ora, todos sabemos que desde que o mundo é mundo eles serão “empregados, trabalhadores” e assim se consideram. Ou já ouviram alguém dizer: “Vou lá pro meu trabalho “colaborar” com meu patrão”?
A melhor colaboração quem deveria dar é o empregador, afrouxando a carga horária desses funcionários. Cada qual que abra seu mercado quando quiser, mas que ache a melhor forma de compensar seus trabalhadores, operários, funcionários etc. Aí, ele sim seria um grande “colaborador”.