Flórida/EUA: Uma esperança inédita surge para pacientes que enfrentam tumores agressivos no cérebro. Pesquisadores americanos estão testando uma vacina experimental que, nos primeiros resultados, apresentou eficácia contra o câncer na cabeça.
O estudo, conduzido pela Universidade da Flórida, utilizou tecnologia de RNA mensageiro — a mesma usada nas vacinas contra a Covid-19. Ela foi desenvolvida para ensinar o sistema imunológico a reconhecer e atacar células cancerígenas. Algo que até hoje a medicina enfrenta grandes desafios para alcançar.
Nos primeiros testes, realizados com quatro pacientes diagnosticados com glioblastoma, os resultados trouxeram alívio e expectativa: todos apresentaram uma resposta imune significativa em pouco tempo. O passo seguinte é ampliar os estudos e compreender até onde a vacina pode chegar.
Resultados iniciais animaram
Os primeiros voluntários, quatro adultos com glioblastoma, receberam a vacina desenvolvida sob medida para cada caso. Em um curto prazo, todos apresentaram melhora na resposta imune, indicando que o corpo passou a reconhecer o tumor como uma ameaça.
Como funciona a vacina
A tecnologia empregada é a de RNA mensageiro, que já se mostrou segura em milhões de pessoas durante a pandemia.
Nesse caso, em vez de proteger contra um vírus, a vacina leva instruções para o corpo identificar o tumor e combatê-lo diretamente.
Diferente de outros tratamentos invasivos, como quimioterapia e radioterapia. A vacina será menos agressiva ao organismo. Essa inovação representa um avanço no conceito de tratamento personalizado contra o câncer.

Vacina universal
Os cientistas agora trabalham em uma versão “universal” da vacina, que não dependa de personalização e seja capaz de agir contra diferentes tipos de câncer.
Em experimentos com camundongos, essa fórmula conseguiu eliminar tumores na pele, ossos e até no cérebro.
O estudo faz parte de um esforço global. Na Alemanha e na Espanha, ensaios clínicos já testam vacinas semelhantes para câncer de pulmão. No Reino Unido, pesquisas estão em andamento para evitar a volta do câncer pancreático após cirurgias.
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