Nacional – O caso do navio Spiridon II, autorizado há três semanas a desembarcar quase três mil vacas na Líbia após meses à deriva, expôs novamente falhas do comércio de animais vivos. A Turquia recusou a carga por problemas sanitários e de identificação. Relatos indicam carcaças acumuladas, mau cheiro, falta de água e alimento. A Mercy for Animals afirmou na audiência pública de 11 de dezembro, em Brasília, que o transporte causa estresse, doenças e risco ambiental, agravado por embarcações antigas e poluição nas cidades portuárias.
Na audiência pedida pela deputada Duda Salabert, entidades defensoras dos animais cobraram mudanças. O Brasil lidera a exportação mundial e registrou 952 mil bois embarcados até novembro de 2025. Dois projetos de lei avançam no Congresso para restringir o comércio via tributação. O Ministério do Meio Ambiente se posiciona contra a prática e critica emendas da Frente Parlamentar da Agropecuária que, segundo a pasta, fragilizam a proteção legal dos animais.
Países como Índia, Nova Zelândia, Reino Unido, Alemanha e Austrália já proibiram a exportação de animais vivos. Pesquisadores apontam que o Brasil segue na contramão e perde valor ao enviar animais em vez de carne processada. Estudo mostra potencial de R$ 1,9 bilhão em valor agregado, até 7.200 novos empregos e até R$ 610 milhões em tributos caso o país migre para exportação de carne refrigerada. A ONG reforça que nenhum país substituiria o Brasil no curto prazo, o que ampliaria a demanda internacional por carne.
Fonte: Agência Brasil.
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