Nacional – Um estudo do Movimento Pessoas à Frente e da República.org mostrou que o Brasil é o país que mais gasta com supersalários no setor público entre 11 nações analisadas. Entre agosto de 2024 e julho de 2025, 53,5 mil servidores receberam acima do teto constitucional, hoje de R$ 46,3 mil, totalizando R$ 20 bilhões em despesas.
O Judiciário é o que mais concentra supersalários:
- 21 mil juízes receberam acima do teto, somando 11,5 bilhões.
- No Ministério Público, 10,3 mil membros custaram 3,2 bilhões.
- No Executivo, 12,2 mil servidores somaram 4,33 bilhões além do limite.
Grande parte desses valores vem de verbas indenizatórias e pagamentos retroativos, que não entram no cálculo do teto — algo raro em outros países.
O estudo foi feito para ajudar o Congresso a discutir medidas que coíbam os chamados “penduricalhos”. A proposta existe há quase dez anos, mas enfrenta resistência, principalmente do Judiciário. Mesmo assim, 83% da população é contra os supersalários.
Os pesquisadores destacam que a maioria dos servidores ganha pouco: metade recebe até R$ 3.391, e apenas 0,06% ganha acima do teto.
Outros países têm regras mais rígidas. No Chile e no Reino Unido, comissões independentes definem salários. Nos EUA, qualquer valor extra só pode ser pago no ano seguinte. Na Alemanha, os salários dos servidores seguem os das autoridades políticas.
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