Pelo Mundo – A cientista brasileira Livia Schiavinato Eberlin, de 33 anos, formada pela Unicamp e chefe de um laboratório na Universidade do Texas, desenvolveu uma caneta capaz de detectar células tumorais em poucos segundos. O dispositivo, chamado MacSpec Pen, identifica tecidos cancerosos com 97% de precisão e usa inteligência artificial para diferenciar células malignas e saudáveis.
O estudo, iniciado há quatro anos, já analisou 800 amostras de tecido humano e foi publicado na revista Science Translational Medicine. Livia ganhou destaque mundial ao receber, em 2018, a bolsa da Fundação MacArthur, conhecida como “bolsa dos gênios”, no valor de US$ 625 mil.
A tecnologia será testada em cirurgias reais nos Estados Unidos e pode chegar ao mercado em até três anos. Especialistas afirmam que o método pode aumentar a precisão na retirada de tumores e reduzir o tempo de cirurgia, trazendo benefícios especialmente para pacientes com maior risco clínico.
Como funciona:
A MacSpec Pen funciona de forma simples e rápida:
- Contato com o tecido – a ponta da caneta toca a região do corpo que o cirurgião quer analisar. Ela contém um pequeno reservatório com água.
- Coleta das moléculas – ao encostar no tecido, a caneta coleta moléculas que se dissolvem na água e as envia para um espectrômetro de massa, um aparelho que analisa a composição química da amostra.
- Análise e resposta – o espectrômetro compara as moléculas com um banco de dados criado a partir de centenas de amostras de tecidos saudáveis e cancerosos. Com ajuda de inteligência artificial, ele indica em segundos se o tecido é tumoral ou não.
O objetivo é permitir que o cirurgião saiba, ainda durante a operação, se todo o tumor foi removido, sem precisar esperar a análise de um patologista.
Fonte: Estadão e Portal da UFCG.
LEIA TAMBÉM: Jovens santiaguenses representarão a região na final dos Jogos Rurais
Acompanhe o NP pelas redes sociais:
- Tiktok: @np.expresso
- Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui
- Instagram: npexpresso
- Facebook: NPExpresso


