Rio de Janeiro – RJ – O ex-capitão do Bope e idealizador do filme Tropa de Elite, Rodrigo Pimentel, afirmou que o Brasil enfrenta uma crise de segurança sem precedentes. Para ele, a expansão das facções criminosas representa uma ameaça direta à soberania nacional, colocando o país em um nível de descontrole territorial semelhante a zonas de guerra.
O Brasil vive um conflito armado interno
Pimentel, que é sociólogo formado pela Uerj, defende que o país atravessa um “Conflito Armado Não Internacional (CANI)”, semelhante ao que ocorre em regiões da Síria e da Nigéria. Ele destacou que nenhuma cidade colombiana vive o domínio urbano que hoje existe no Rio de Janeiro.
“Temos quatro milhões de pessoas vivendo atrás de barricadas. É uma humilhação para o morador e para o próprio país”, afirmou.
Megaoperação expôs o poder das facções
As declarações ocorreram após a megaoperação no Rio, que deixou 64 mortos e 81 presos, entre eles quatro policiais. Pimentel classificou as ações do Comando Vermelho — como o uso de drones e barricadas incendiárias — como táticas de terrorismo, mostrando que o Estado perdeu o controle sobre áreas dominadas.
“São 700, 800 bandidos armados com fuzis. É muita força para enfrentar”, disse.
Críticas à omissão do Estado e da sociedade civil
O ex-capitão criticou a falta de posicionamento de autoridades e ONGs sobre as mortes e o domínio das facções. Ele citou casos de moradores expulsos de suas casas e cobrou reações mais firmes de órgãos públicos e da imprensa.
“O morador odeia o tráfico, odeia a milícia. Quer dignidade e o direito de viver com cidadania”, afirmou.
Pimentel encerrou dizendo que a soberania do Brasil está sendo testada e que, sem enfrentamento real, “o país continuará refém de grupos armados que impõem suas próprias leis”.
Fonte: Folha de S.Paulo.
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