Brasília – DF – Quatro militares do Paraguai, entre eles um general e uma capitã, foram condenados pela Justiça Federal brasileira por envolvimento em um esquema de tráfico internacional de armas destinado a facções brasileiras. As penas variam de 6 anos e 8 meses a 7 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado. Eles também deverão pagar multa e indenização de 50 mil reais ao Fundo Nacional de Segurança Pública.
O que revelou a investigação
A Operação Dakovo, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, apontou que os militares da Dirección de Material Bélico, órgão que controla armamentos no Paraguai, facilitavam a entrada e saída ilegal de fuzis e munições. As armas eram compradas da Europa e da Turquia, registradas com propina e revendidas ao Brasil com numeração raspada.
A conexão com o crime organizado
As investigações começaram após a apreensão de fuzis croatas na Bahia, em 2020. A rede envolvia empresas de fachada e corrupção de autoridades paraguaias. Segundo o Ministério Público Federal, os réus fortaleceram financeiramente o PCC e o Comando Vermelho, ampliando o poder de fogo das facções.
O que vem agora
Os condenados estão presos no Paraguai e aguardam extradição. O Ministério Público Federal recorreu da sentença pedindo aumento das penas, alegando que a gravidade dos crimes e o uso do cargo público para facilitar o tráfico justificam punição mais severa.
Fonte: Ministério Público Federal.
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