Palmas – TO – O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) foi afastado do cargo por seis meses, acusado de chefiar um esquema milionário de corrupção envolvendo a distribuição de cestas básicas durante a pandemia. Segundo a polícia, o grupo desviou 73 milhões de reais em contratos fraudados com a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social.
O esquema das cestas básicas
Empresários criaram firmas de fachada para simular entregas e até reutilizavam as mesmas cestas diversas vezes, segundo a PF. Os auditores relataram que o material era “emprestado” de mercados para enganar fiscais. O caso teria começado em 2020, quando Wanderlei ainda era vice-governador e chefiava a distribuição.
As provas e os áudios
O empresário Paulo César Lustosa, apontado como operador do grupo, foi gravado dizendo que administraria os recursos desviados e dividiria o dinheiro restante com comparsas. Ele também é acusado de coordenar cobranças de propina para antecipar pagamentos a empresários.
A suspeita de lavagem de dinheiro
A PF investiga o uso da Pousada Pedra Canga, em Taquaruçu, como fachada para ocultar valores desviados. A obra, em nome dos filhos de Wanderlei Barbosa, custou mais de 6 milhões de reais — valor superior ao declarado oficialmente. Durante as buscas, agentes encontraram 52 mil reais escondidos em um compartimento no banheiro do governador e 700 mil reais na casa de outro suspeito.
As defesas e o posicionamento político
Wanderlei Barbosa e a esposa, Karynne Sotero, negam envolvimento. A defesa afirma que o governador não ordenava despesas à época e que provará sua inocência. O Partido Republicanos declarou confiar na Justiça. Karynne disse que não tem vínculos com o ex-marido Paulo César Lustosa desde 2017.
Histórico de afastamentos
Com o caso, Wanderlei se torna o terceiro governador do Tocantins afastado por suspeita de irregularidades no mandato. Antes dele, Mauro Carlesse e Marcelo Miranda também foram afastados por casos de corrupção.
Fonte: Fantástico / g1
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