(João Lemes) Em um estado com mais de 45 mil pessoas privadas de liberdade, incluindo as que cumprem prisão domiciliar e usam tornozeleira, iniciativas que oferecem trabalho dentro do sistema prisional mostram que é possível transformar realidades. Em Guaíba, 20 mulheres da Penitenciária Feminina participam de um projeto que alia capacitação e renda, produzindo bolsas e calçados para uma indústria local.
A rotina de oito horas diárias garante 75% do salário mínimo e ainda reduz um dia da pena a cada três trabalhados. Para muitas, é a primeira oportunidade de trabalho formal. O impacto vai além do ganho financeiro: a mudança de rotina substitui o ócio da cela por aprendizado, responsabilidade e metas. É um modelo que demonstra como a ressocialização pode ser mais eficaz quando se aposta no potencial produtivo de quem cumpre pena.
Se a proposta se expandisse para mais unidades prisionais, o estado poderia reduzir índices de reincidência e, ao mesmo tempo, aliviar o custo do encarceramento. O exemplo de Guaíba prova que a reintegração social não é utopia, mas resultado de políticas bem aplicadas e de parcerias que unem poder público e iniciativa privada.
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