Brasília, DF – O interesse dos Estados Unidos por minerais estratégicos do Brasil, como as terras raras, pode entrar nas conversas para reduzir o tarifaço de até 50% imposto por Donald Trump a produtos brasileiros. Esses minerais são essenciais para tecnologias de ponta e para a transição energética. O Brasil tem a segunda maior reserva do planeta, atrás apenas da China.
A reunião que abriu o interesse
No dia 23 de julho, o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, reuniu-se com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e manifestou interesse em acordos bilaterais para compra desses recursos. Ele também pediu informações sobre a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos e projetos de lei que tratam do tema.
O risco de retaliação
Segundo o Ibram, cerca de 75% dos minérios exportados aos EUA estão fora da taxação, mas produtos como cobre, manganês, bauxita e pedras ornamentais serão afetados. A maior preocupação é uma retaliação brasileira, que poderia gerar perdas de até US$ 1 bilhão por ano para o setor, com alta nos custos de importação de máquinas pesadas.
A disputa global pelas reservas
As terras raras são usadas na produção de baterias, semicondutores, turbinas eólicas, painéis solares e aparelhos médicos. Apesar do potencial, a exploração no Brasil ainda é pequena e concentrada em pesquisas no solo. Especialistas apontam que o país precisa de leis específicas para avançar nessa indústria.
O posicionamento do governo
O presidente Lula criticou o interesse norte-americano e disse que cerca de 70% do território brasileiro ainda não foi pesquisado. Ele defendeu que qualquer exploração seja feita sob controle do governo e que a venda de áreas com minério não seja permitida.
Fonte: GZH.
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