Brasília, DF – Um relatório da Polícia Federal atribui ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao filho, o vereador Carlos Bolsonaro, o comando de uma organização criminosa que usou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem política e ataques ao sistema eleitoral. Segundo a PF, Bolsonaro era o “centro decisório”, enquanto Carlos teria idealizado a estrutura de “inteligência paralela”.
Ao todo, 36 pessoas foram indiciadas. A investigação aponta seis núcleos de atuação, com Bolsonaro e Carlos no núcleo político, que definia diretrizes e alvos das ações clandestinas. O objetivo seria proteger o núcleo familiar, obter vantagens políticas e atacar opositores e instituições democráticas.
O relatório da PF, com 1,1 mil páginas, detalha o funcionamento do esquema e aponta que os produtos das ações clandestinas serviam diretamente aos interesses do grupo. O ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do documento nesta quarta (18), após constatar vazamentos seletivos. O STF manteve sob sigilo apenas as petições com dados bancários e fiscais.
O inquérito segue agora para análise da Procuradoria-Geral da República, que terá 15 dias para se manifestar. A defesa de Jair Bolsonaro não se pronunciou até a publicação da matéria.
Fonte: Estadão Conteúdo.
LEIA TAMBÉM: O bloqueio atmosférico mantém o RS em alerta durante o feriadão de Corpus Christi
Acompanhe o NP pelas redes sociais:
- Tiktok: @np.expresso
- Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui
- Instagram: npexpresso
- Facebook: NPExpresso