Guaíba (região Metropolitana de Porto Alegre) – A Justiça decretou a prisão temporária, válida por 30 dias, da mãe de Kerollyn Souza Ferreira, de nove anos, encontrada morta em um contêiner de lixo.
A investigação apontou que a menina seria vítima de negligência e extrema agressividade, de acordo com a análise do juiz João Carlos Leal Júnior, caracterizando as práticas de maus-tratos, abandono de incapaz e tortura.
“Em relação ao pedido de prisão temporária, entendo ser adequada e suficiente a decretação, para o prosseguimento das investigações e apuração da autoria do delito de homicídio, ora investigado”, disse o juiz.
A perícia afirmou, ainda na sexta, que não havia sinais de violência no corpo da vítima. A polícia aguarda o resultado de exames sobre a causa da morte da criança.
Ainda de acordo com o Judiciário, a investigada admitiu à polícia que havia dado um medicamento controlado para a filha sem orientação médica. Ao acordar, a suspeita não teria encontrado a criança em casa e, ainda assim, voltou a dormir.
A mulher não demonstrou surpresa ao ser informada da localização de um corpo que poderia ser o da filha. Sem expressar tristeza ou choque, teria ficado com raiva por ser considerada suspeita.
Os vizinhos relataram que a menina morava próximo ao local onde foi encontrada sem vida. Uma guarnição da Brigada foi até a casa e conversou com uma mulher, que confirmou que seria a mãe da menina, mas que a criança não havia dormido em casa na noite anterior.
O pai da menina mora em Santa Catarina e não tem contato com a família.