Brasília – DF – Um servidor do INSS que denunciou fraudes em aposentadorias em 2020 revelou ter recebido ameaças de morte. Ele atuava na área que analisava descontos ilegais nos benefícios e alertou a Polícia Federal, ainda no governo Bolsonaro. Mesmo com evidências e o crescimento anormal das cobranças ligadas à Conafer, o inquérito foi arquivado sem responsabilizações.
O próprio Bolsonaro reconheceu que “é possível que fraudes tenham ocorrido”
A denúncia envolvia descontos indevidos em nome de associações, mesmo com convênios suspensos. Entre janeiro e outubro de 2020, o número de filiações à Conafer saltou de 80 mil para mais de 250 mil. A fraude, que já movimentou R$ 6,3 bilhões desde 2019, só começou a ser investigada de fato no governo Lula, por meio da Operação Sem Desconto.
O próprio Bolsonaro reconheceu, em entrevista ao UOL, que “é possível que fraudes tenham ocorrido” em sua gestão, mas evitou assumir qualquer responsabilidade. Em 2019, ele já havia sido alertado oficialmente por órgãos como o Procon-SP, CGU e a Procuradoria do Paraná. Nenhuma providência foi tomada.
Os alertas ignorados, a escalada no valor das arrecadações e o aumento nos pedidos de cancelamento reforçam que as falhas de fiscalização foram sistemáticas. Apesar da tentativa da extrema direita de jogar a culpa no governo atual, os documentos comprovam: Bolsonaro sabia, e nada fez.
“Na época que a Diretoria de Benefícios estava cortando ali os ACTs, estava fazendo uma auditoria em cima deles, alguns servidores receberam ameaças, isso foi falado lá dentro. O coordenador que estava atuando em cima dos ACTs e também o diretor. Eles receberam ameaças justo no período onde que ‘tavam’ enviando ali as auditorias dos descontos associativos”, declarou o servidor.
Fonte: Jornal Nacional / UOL / Metrópoles.
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