Sete denunciados vão responder por crimes graves ligados a tentativa de manter Bolsonaro no poder
Brasília – DF – A 1ª Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia da Procuradoria Geral da República contra cinco militares e dois civis acusados de tentar um golpe de Estado. A decisão desta terça-feira (6) transforma os acusados em réus e inicia uma ação penal.
Segundo a PGR, o grupo atuava espalhando fake news e promovendo ataques virtuais com o objetivo de deslegitimar o sistema eleitoral e pressionar as Forças Armadas a romper com o Estado democrático de Direito. A organização teria participado da produção e divulgação de um relatório falso sobre as urnas eletrônicas.
Se condenados pelos cinco crimes — abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio — as penas podem chegar a 36 anos de prisão.
Quem são os acusados
Entre os réus estão oficiais da reserva e da ativa do Exército, além de um agente da Polícia Federal e o presidente do Instituto Voto Legal. As acusações envolvem desde a produção de relatórios fraudulentos até o monitoramento de autoridades do STF e a articulação de ataques em redes sociais.
A PGR afirma que os réus tinham plena consciência de que as informações eram falsas, mas seguiram disseminando conteúdos antidemocráticos que ajudaram a alimentar a crise que culminou nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Fonte: Supremo Tribunal Federal / PGR.