(João Bicaco) Olha, Cacequi está pegando fogo, e não é fogo de galpão. A prefeita Ana Paula Del’Olmo (MDB) foi afastada a pedido do Ministério Público por 180 dias, o vice Edson Cardoso assumiu e já chegou suspendendo o Enart e cortando mais gente porque a folha de pagamento está estourada.

Cerca de 100 servidores (por meio de contrato) foram mandados embora e mais gente vai dançar, pois a folha de pagamento estourou todas. Mas alguns nobres disseram que é só ajuste ao orçamento e que logo tudo volta ao normal, graças a um novo orçamento. Ou seja, logo a farra continuará.
O cartão que passeia
Na tal audiência, um servidor disse sem rodeios: um dos cartões de abastecimento da prefeitura, aquele do combustível, andava nas mãos de gente sem vínculo com o setor público.
E o que os vereadores fazem? Defendem a prefeita de olhos fechados. Ninguém cogita que ela possa ter culpa. É o famoso “tá tudo bem, só o Ministério Público que tá errado”.


O vereador do bem
Robertinho (MDB) o vereador, usou a tribuna pra dizer que as denúncias partiram de gente “do diabo”. Isso mesmo, do capeta em pessoa. Disse que não é de ficar na igreja, mas reza e é do bem. O sujeito virou uma espécie de profeta do plenário, apontando quem é do bem e quem é do mal.
A Câmara dos apelidos
E como se não bastasse, a Câmara de Cacequi é um espetáculo à parte: tem vereador chamado Sapo, outro chamado Marreco, e na hora da chamada ninguém diz nome completo nem partido. O povo bate palma no meio da sessão como se fosse um show. É tudo tão folclórico que o Ministério Público parece até o vilão da história por querer investigar.
O detalhe do arigó
E pra fechar com chave de ouro, o presidente da Câmara já disse que quem vem de fora prestar concurso público é arigó. Ou seja, não bastava o caos administrativo, tem ainda a pitada de preconceito na casa do povo. Aí eu pergunto: o que esperar de uma cidade em que esse é o nível do parlamento?

O que aconteceu:
Ana Paula Del’Olmo (MDB) foi afastada do cargo por decisão da 4ª Câmara Criminal do TJRS após pedido do Ministério Público. O afastamento ocorre dentro da Operação Títere, que investiga supostas fraudes em licitações e práticas ilegais de gestão. O vice-prefeito Edson Machado (Republicanos) assumiu interinamente a prefeitura.
Defesa
A prefeitura negou irregularidades, alegou motivação política nas denúncias e afirmou colaborar com as investigações. Em vídeo, Ana Paula (foto) disse receber a decisão com tristeza, confirmou que vai recorrer e ressaltou obras em andamento no município.

NOTA DA PREFEITURA:
“O Município de Cacequi, por meio de sua Administração Municipal, vem a público esclarecer que os fatos objeto de investigação divulgados na data de hoje não possuem qualquer fundamento que possa macular a lisura dos atos desta gestão.
Todas as ações e decisões desta Administração são pautadas de forma estrita pelos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, que norteiam a atuação da Administração Pública.
Ressaltamos que, até o presente momento, esta Administração não teve acesso ao processo judicial que determinou a ação de hoje, razão pela qual não dispõe de informações detalhadas sobre o seu conteúdo e fundamentos.
As denúncias que motivaram tais investigações revestem-se de interesses alheios ao bem público, decorrentes de disputas políticas locais que, lamentavelmente, geram prejuízos à imagem de nossa comunidade e desviam o foco das verdadeiras necessidades da população.
Reiteramos nosso compromisso de colaborar integralmente com as autoridades competentes, com absoluta transparência, para que a verdade prevaleça e a confiança da população seja plenamente preservada.
Nossa cidade tem apresentado avanços significativos, fruto de um trabalho sério e comprometido com o desenvolvimento sustentável e com a melhoria da qualidade de vida dos que mais precisam. Não permitiremos que interesses particulares enfraqueçam essa trajetória de crescimento e dedicação ao povo de Cacequi.”
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