Jovem esfaqueada em São Chico: “Minha filha ficou ali apanhando, levando punhaladas”…

Mãe da vítima concede entrevista: "Só não foi pior porque ela estava com uma cinta grossa por baixo"

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São Francisco de Assis – RS – O esfaqueamento de uma aluna dentro da Escola Estadual Salgado Filho, na sexta-feira (29), segue gerando repercussão e preocupação entre famílias e educadores. A vítima, de 16 anos, foi atingida no braço e perto da nuca, mas não corre risco de vida. A mãe da adolescente, Lucinara Heman, concedeu entrevista e fez um apelo por mais supervisão dentro do ambiente escolar. (Veja aqui)

NP: A senhora citou a preocupação com a segurança no ambiente escolar. O que gostaria de destacar sobre isso?
Lucinara: Sim, eu só quero esclarecer para todos, para os pais, que deixamos nossos filhos lá e vamos trabalhar, acreditando que eles estão em segurança. Que a escola seja uma fonte de vigilância, que tenha alguém supervisionando, porque no momento não tinha ninguém para apartar essa briga.

NP: A senhora descreveu momentos de muita tensão durante a agressão. Pode detalhar o que aconteceu?
Lucinara: A minha filha ficou ali apanhando, levando punhaladas. Só não foi pior porque ela estava com uma cinta grossa por baixo do casaco. A faca perfurou o casaco e a cinta, mas poderia ter atingido partes vitais. A colega jogou uma cadeira, ela caiu e aí começaram as facadas. Foi desesperador imaginar o que poderia ter acontecido.

NP: Qual foi o impacto emocional desse episódio para a senhora e para a família?
Lucinara: É muito triste, muito decepcionante. A gente não sabe o dia de amanhã. Pensamos que nossos filhos estão estudando, sendo educados, e aí acontece uma coisa dessas. Hoje eu estou sem saída, sem saber o que pensar. Minha filha sempre foi estudiosa, como o irmão que se formou farmacêutico. Ela queria se formar também.

Ela já tinha passado por momentos difíceis

NP: A senhora mencionou que sua filha já havia enfrentado outros problemas antes:
Lucinara: Sim. Ela era meio depressiva, chegou a tomar remédios, mas estava feliz, tinha parado com a medicação. E, faz um ano, sofreu uma tentativa de assédio. Por pouco não foi consumado. Tudo isso são momentos de muita aflição e tristeza para nós.

“Peço que não julguem sem saber a verdade”
NP: O que a senhora gostaria de dizer para a comunidade que acompanha o caso?
Lucinara: Eu conto com vocês, jornalistas, para esclarecer os fatos. Quero pedir que não julguem sem saber a verdade. As pessoas falam sem conhecer a história, e isso machuca ainda mais.

Contraponto: A direção da escola afirmou que o caso é isolado e que mantém monitoramento eletrônico e acompanhamento nos corredores. A polícia investiga o episódio.

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