Santiago, RS – O diretor falou sobre o tema que mais domina: educação. A escola que dirige é uma das mais procuradas e com maior número de alunos em Santiago, é referência no município.
Durante a entrevista, o professor destacou a importância de uma equipe preparada e do compromisso com a qualidade do ensino. Criticou as mudanças constantes de diretrizes a cada troca de governo e defendeu políticas sérias, que valorizem os professores e tragam para a educação os cérebros pensantes. Para ele, a educação é o único caminho para um futuro melhor.
O desafio da estrutura para o turno integral
O professor Aldemir Machado destacou que o modelo de turno integral é um caminho sem volta para as escolas brasileiras. No entanto, a implantação ainda é apressada e enfrenta grandes desafios. Faltam espaços adequados, diversidade de atividades e estrutura semelhante às escolas da Europa e dos Estados Unidos, onde os alunos contam com ginásios, campos esportivos, atividades culturais e suporte completo. No Brasil, manter o aluno de manhã até o fim da tarde exige muito mais do que só ampliar o horário. “É preciso preparo, infraestrutura e equipe qualificada” disse o educador.
A realidade dos jovens e o conflito com o mercado de trabalho
Outro ponto que Aldemir ressaltou é o antagonismo entre o turno integral e a realidade dos jovens. Muitos precisam trabalhar. O governo incentiva programas de inserção no mercado, mas as leis não contemplam os estudantes que não conseguem conciliar o trabalho com a escola em tempo integral. O jovem acaba sendo forçado a buscar alternativas como o ensino noturno, o que esvazia parte do projeto integral. Falta uma visão mais integrada das necessidades dos estudantes.
A importância da vocação e do envolvimento das escolas
Apesar das dificuldades, Aldemir elogiou o empenho das escolas de Santiago. A Escola Thomás Fortes, por exemplo, oferece teatro, xadrez, banda e projetos que motivam os alunos. Segundo ele, isso só acontece porque há vocação e prazer em educar. A gestão e os professores se dedicam para criar espaços acolhedores, mesmo sem o investimento ideal. Mas reforçou: não basta decretar que uma escola será de turno integral. É preciso investimento, planejamento e respeito à realidade de cada comunidade.
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