Brasília – DF – O Brasil registrou 45.511 internações por envenenamento em emergências da rede pública ao longo dos últimos dez anos, segundo levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) divulgado nesta segunda-feira (8). A média equivale a 379 registros por mês, ou 12,6 por dia, o que significa que a cada duas horas um paciente chega a um hospital público vítima de ingestão de substâncias tóxicas.
As causas mais frequentes
Os casos envolvem drogas, medicamentos, substâncias químicas e pesticidas. Analgésicos lideram entre os episódios acidentais, com 2.225 registros, seguidos por álcool em causas não determinadas (1.954), anticonvulsivantes, sedativos e hipnóticos (1.941) e pesticidas (1.830). O Sudeste concentra quase metade das ocorrências, com São Paulo no topo (10.161 casos).

O perfil das vítimas
A maioria das internações foi de homens (23.796). Adultos jovens de 20 a 29 anos somaram 7.313 registros, seguidos por crianças de 1 a 4 anos (7.204). Bebês e idosos aparecem em menor número, mas também constam nas estatísticas. Entre os casos mais graves, 3.461 internações foram por intoxicação proposital ou causada por terceiros.
Casos recentes
Nos últimos meses, episódios chamaram atenção pelo país. Em Torres (RS), três pessoas de uma mesma família morreram após consumir um bolo contaminado com arsênio. No Piauí, uma ceia de Réveillon adulterada com inseticida matou cinco pessoas. Já em Imperatriz (MA), duas crianças morreram após comerem um ovo de Páscoa envenenado, e em Natal (RN) um açaí contaminado provocou a morte de uma bebê de 8 meses.
Fonte: Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede)
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