Santiago – O diretor do Grupo Hospitalar Santiago, Ruderson Mesquita, recentemente fez uma denúncia de extrema gravidade. Ele revelou que dois obstetras estariam recebendo pagamentos clandestinos de 500 a mil reais “por fora” do SUS, pelos serviços de partos. O diretor agiu de forma responsável, encaminhando a denúncia às autoridades competentes, destacando a inaceitabilidade dessa prática, já que tal cobrança é expressamente proibida.
Esses profissionais, vale lembrar, já recebem compensações do SUS e, adicionalmente, são remunerados pelo hospital por estarem de sobreaviso. Portanto, não há justificativa válida para a prática de cobranças indevidas.
“O hospital é regido por um estatuto, que constitui um documento soberano que não pode ser ignorado”, diz o diretor, enfatizando a seriedade do assunto. Ele assegurou que os profissionais denunciados terão a oportunidade de apresentar uma ampla defesa no momento apropriado.

Embora ainda não se tenha conhecimento da extensão dessa cobrança indevida em termos quantitativos, dada a amplitude da situação no hospital, é conhecido que essa prática já foi observada em outras cidades do Estado, tendo levado a punições de diversos profissionais.
- Essas denúncias resgatam lembranças do passado, quando a redação do NP foi informada sobre médicos que cobravam valores dos pacientes alegando que o material utilizado não era fornecido pelo SUS e, portanto, era de uma qualidade superior. Em um desses casos, um paciente chegou a gravar a cobrança e compartilhar com a redação.
Uma indagação persistente é por que profissionais que já possuem remunerações substanciais insistem em manchar suas carreiras por ganhos relativamente insignificantes comparados aos proventos que recebem. Talvez essa atitude seja motivada por uma mentalidade desviante que se distancia dos princípios éticos. Ganância talvez seja a justificativa subjacente.




