O homem do relho: delação revela suposto esquema de pagamento de propina a prefeito de Bagé

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Lara e o relho para os corruptos.

800 mil teriam sido distribuídos em contratos com os municípios de Bagé e de Santana do Livramento

Lara se reelegeu em 2020. Uma de suas bandeiras na campanha foi o combate à corrupção, simbolizado por um relho, na visita do candidato à vice-presidência da República, Hamilton Mourão.

Uma delação premiada feita ao Ministério Público revela um suposto caso de pagamento de propina ao atual prefeito de Bagé, Divaldo Lara (PTB), realizado por uma organização social que administrava postos de saúde e ambulâncias na cidade.

Segundo a denúncia, o prefeito receberia valores de até 40 mil por mês para manter contratos de 27 milhões com a Ação Sistema de Saúde e Assistência Social. O dono da organização, Giovani Collovini Martins, foi quem denunciou o suposto esquema.

Os fatos foram revelados na RBS TV, pelo repórter Giovani Grizotti. A reportagem estava sob censura após decisão da Justiça gaúcha, em agosto do ano passado.

Segundo a delação, R$ 800 mil em propinas teriam sido distribuídos em contratos com as prefeituras de Bagé e de Livramento. O valor seria dividido entre os dois municípios.

O delator diz que o dinheiro foi entregue em um posto desativado da Polícia Rodoviária Federal na BR-153. O cruzamento de dados entre as quebras de sigilo bancário e telefônico mostram que o sócio da organização se deslocou da agência bancária até o local.

Lara afirma que as denúncias não são verdadeiras e que os contratos, que são de 2018, foram extintos. Ele garante ainda que não conhece o delator e que vai processá-lo. O prefeito diz também acreditar que, quando os fatos forem aprofundados pela Justiça, serão julgados improcedentes.

De acordo com o promotor Antônio Kepes, da Procuradoria de Prefeitos do Ministério Público, a Ação Sistema de Saúde e Assistência Social contratava mão de obra para as áreas da saúde e educação. A fiscalização do contrato, no entanto, não era realizada.

“Era uma farra, não havia fiscalização. Quando feita, era prestação de contas com auxílio de servidor da prefeitura. Eles se reuniam até para isso”, afirmou o promotor.

Segundo o MP, o prejuízo aos cofres públicos teria sido de R$ 1,1 milhão. Além das propinas, o órgão diz que descobriu um cabide de empregos para apadrinhados políticos na terceirizada. O delator afirma que vereadores e o próprio prefeito indicavam cargos, sem qualquer critério.

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