
Porto Alegre – o corpo de Laila Vitória Rocha Oliveira, 20 anos, foi encontrado no fim de março em uma casa na zona leste
André Ávila Fonseca, 37 anos, foi indiciado pela morte da sua namorada, Laila Vitória Rocha Oliveira. O casal mantinha um relacionamento a distância, com Laila morando em Parauapebas, no Pará, e visitando André desde meados de fevereiro. Ele está preso e confessou o crime.

Fonseca será acusado de homicídio qualificado, por feminicídio e motivo torpe, além de violência psicológica contra a mulher. O inquérito foi encaminhado à Justiça na sexta-feira.
A investigação revelou que o crime foi cruel. Na noite de 25 de março, a polícia foi chamada por vizinhos que ouviram gritos. Ao chegarem ao local, encontraram o corpo de Laila parcialmente carbonizado na lareira. A perícia indicou que ela ainda estava viva quando foi colocada lá.
O laudo pericial mostrou que Laila aspirou fuligem, o que significa que ela foi queimada viva. Também foram encontradas marcas de tentativa de defesa, especialmente nas mãos, onde os dedos foram decepados.
Fonseca teria usado uma faca longa, semelhante a uma espada, para ferir Laila. O laudo detalhou algumas ações, como o uso de uma cortina interna da casa para enrolar a vítima e transportá-la até a lareira. O acusado confirmou essa dinâmica durante o depoimento logo após a prisão, alegando agir em legítima defesa.
Nas redes sociais, Fonseca adotava hábitos incomuns e se autointitulava “mestre bruxo” e “especialista em destruição e vingança”. Ele oferecia trabalhos espirituais e afirmava ter uma religião própria. Na casa onde morava, foram encontrados objetos relacionados a supostos rituais, incluindo facas, espadas, machados, castiçais, caveiras e máscaras com aspectos demoníacos.
Fonseca já estava usando uma tornozeleira desde janeiro, após ser condenado por uma tentativa de homicídio ocorrida em 2007. Ele conseguiu romper o dispositivo e desativar o sinal de monitoramento após o crime, mas foi preso posteriormente e permanece detido. (GZH)