O prefeito de Bagé, Divaldo Lara, é um dos alvos da terceira fase da Operação Coactum, conduzida pela Polícia Federal para investigar um esquema de rachadinha e caixa 2.

Na manhã desta terça-feira (13), a Polícia cumpriu 34 mandados em Bagé, Porto Alegre e Florianópolis, incluindo a residência do prefeito.

A operação mira agentes políticos e funcionários públicos suspeitos de participar da ocultação e dissimulação de valores desviados.

10 milhões desviados

Desde 2017, servidores comissionados de Bagé teriam sido obrigados a destinar parte de seus salários ao grupo investigado, em um esquema conhecido como “rachadinha”. Os valores desviados, estimados em mais de R$ 10 milhões, teriam sido usados para fins eleitorais sem a devida declaração à Justiça Eleitoral.

A operação atual é um desdobramento de uma ação realizada em maio, quando duas pessoas foram presas em flagrante e R$ 50 mil, além de documentos e celulares, foram apreendidos.

A investigação busca esclarecer a extensão do esquema e a participação de Divaldo Lara. A defesa do prefeito ainda não se manifestou sobre as acusações. (GZH)

Além de Divaldo, são alvos da ação a mulher dele, Priscila Lara, e os vereadores Rodrigo Halfen Ferraz e Michelon Garcia Apoitia, ambos do PL. Ferraz é o atual presidente da Câmara de Vereadores de Bagé.

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“Em Bagé, se trata corrupto com relho”
Divaldo Lara é o mesmo que em 2018, durante a caravana do ex-presidente Lula, afirmou que “Lula e a sua quadrilha tiveram em Bagé aquilo que mereciam ter em todas as cidades deste país. Em Bagé se trata corrupto com relho, se trata corrupto desta forma”.