O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-fe (29) que o governo está totalmente empenhado em investigar o desvio de 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS. O caso foi discutido durante audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.
Segundo o ministro, a Polícia Federal está mobilizada para identificar e prender os responsáveis. “Estamos usando todos os recursos disponíveis. Esses crimes são hediondos e vamos apurar até as últimas consequências”, garantiu.
As investigações apontam que entidades ligadas ao apoio a aposentados estavam cobrando mensalidades sem autorização, descontando diretamente dos benefícios do INSS. Mais de 300 mandados de busca e apreensão já foram cumpridos contra os dirigentes dessas entidades.
Durante a audiência, o deputado Sanderson (PL-RS) questionou a autonomia da PF para seguir com as investigações, já que a corporação é subordinada ao Ministério da Justiça. Lewandowski, no entanto, reforçou o compromisso com a atuação independente da Polícia Federal.
Durante a audiência, o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) questionou um possível conflito de interesses, já que uma entidade investigada pela PF teria assessoria jurídica de um escritório onde o filho do ministro Lewandowski é sócio. O ministro negou qualquer interferência e reforçou a autonomia da PF, afirmando que nem é informado previamente sobre as operações. Ele também destacou que advogados não devem ser confundidos com os clientes que representam.

Outro ponto de tensão foi a crítica do deputado Sargento Fahur (PSD-PR) a uma fala anterior de Lewandowski, na qual o ministro disse que “a polícia prende mal”. Fahur rebateu: “A polícia prende bem, juízes frouxos soltam”.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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