Itaqui, RS – A Polícia Civil, por meio da delegacia de Itaqui, com crucial apoio da Polícia da Suíça, identificou o autor de um crime cibernético que aterrorizou um colégio no município. O trabalho conjunto de autoridades brasileiras e estrangeiras provou que a internet não é um refúgio para criminosos.
O crime e a resposta imediata
Em 10 de abril de 2025, um colégio em Itaqui recebeu uma mensagem eletrônica ameaçadora, contendo discurso de ódio, racismo e a ameaça de um ataque. Entre os trechos da mensagem estavam frases como:
- “Cultivamos um ódio por judeus, negros, pardos e mulheres…”
- “As crianças dessa maldita escola não sobreviverão para comemorar a Páscoa…”
- “Defendemos a pedofilia para crianças arianas, e o aborto compulsivo para as crianças da raça inferior.”
- “EU, já MATEI vários mendigos negros na facada, e gostei da adrenalina… preciso testar com armas de verdade, e com MAIS PESSOAS.”
- “Vamos assassinar o máximo de crianças possíveis, nem as deficientes escaparão.”
Cooperação transnacional e identificação
A Polícia Civil, utilizando a Convenção de Budapeste sobre o Crime Cibernético, solicitou informações ao provedor suíço. A Polícia Federal encaminhou a solicitação à Polícia Suíça, que obteve os dados. Essa colaboração superou barreiras de jurisdição e proteção de dados, levando à identificação do suspeito: um homem de 20 anos, morador do interior de São Paulo.
Prisão e apreensões
O autor da mensagem foi identificado como um indivíduo de 20 anos, morador do interior de São Paulo. Com o cruzamento de informações, a polícia conseguiu determinar o local de envio e o aparelho utilizado. Na manhã desta terça (29/7), com o apoio do DEIC/SP, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa do suspeito. No local, foram apreendidos um celular e um computador.
Lições da investigação
Para o delegado Rodrigo Bobrzyk, dois pontos se destacam:
- A eficácia da colaboração entre as polícias judiciárias (Civil-RS, Federal, Civil-SP e Suíça).
- A desmistificação de que a internet garante anonimato. A investigação prova que criminosos online são identificados e responsabilizados.
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