Campinas, SP – Um paciente residente em Salto (SP) recebeu sessões de quimioterapia no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp após um diagnóstico errado de linfoma não Hodgkin de baixo grau em 2020. O tratamento foi totalmente desnecessário e expôs a vítima a riscos graves. Durante as sessões, ele sofreu fortes dores, náuseas e neutropenia febril, uma condição que causa febre e risco aumentado de infecções, típica em pacientes oncológicos. Posteriormente, a revisão das lâminas apontou que o diagnóstico estava inconclusivo e que a alteração celular provavelmente se devia a uma doença autoimune, e não ao câncer.
A 2ª Vara da Fazenda Pública de Campinas determinou que o governo de SP é responsável pelo erro, mesmo que o serviço tenha sido prestado por autarquia. A Justiça condenou o Estado ao pagamento de R$ 50 mil por danos morais, além das despesas processuais e honorários advocatícios. O juiz Francisco José Blanco Magdalena destacou que a conduta médica subsequente ao diagnóstico inicial decorreu diretamente do erro, submetendo o paciente a um tratamento invasivo e arriscado sem necessidade.
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) recorreu da decisão. O advogado da vítima, Caique Mazzer, afirmou que o caso tem caráter pedagógico e reforça a importância de precisão, cuidado e respeito à dignidade humana na saúde pública. Ele destacou que a decisão deve servir como alerta institucional para evitar que situações semelhantes se repitam, evidenciando a responsabilidade do Estado quando cidadãos sofrem prejuízos por falhas na prestação de serviços essenciais.
Fonte: G1.
LEIA TAMBÉM: Santiago: confira a classificação geral do Enart
Acompanhe o NP pelas redes sociais:
- Tiktok: @np.expresso
- Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui
- Instagram: npexpresso
- Facebook: NPExpresso