A erva-mate gaúcha expandiu seu mercado além do chimarrão. Um projeto no norte do RS transformou pequenos agricultores em fornecedores da Leão e Matte Leão, linha de chás da Coca-Cola, resultando em um aumento significativo de renda e produção.
A parceria, iniciada em 2020 pela multinacional, com apoio da Emater e Fundação Solidaridad, englobou 92 produtores que cultivam 700 hectares. Com apoio técnico e manejo, o volume de produção por hectare subiu em 40%.
“Passamos a vender mais e ganhar mais. Antes não tinha tanto rendimento”, atestou Moisés Openkoski, agricultor de Áurea.
A Matte Leão informou que, nos últimos cinco anos, investiu em mais de 800 visitas e 600 ações de manejo, resultando em quase 4,2 milhões de toneladas de erva-mate colhidas. Na propriedade de Openkoski, a produção subiu de 6 para 13,5 toneladas após o projeto.
Do total de erva-mate adquirida pela Leão em 2024 (7,2 mil toneladas), 66% veio de pequenos produtores gaúchos, sendo 53% oriunda da região do Alto Uruguai (incluindo o entorno de Erechim).

A empresa, que detém 55% do mercado de Matte Leão (chá de erva-mate tostada), projeta aumentar a demanda regionalmente. Desde fevereiro, a Leão expandiu a produção para incluir erva-mate destinada a chimarrão e tererê, visando o consumo regional.
“Vamos precisar que esses ervais permaneçam como fornecedores por muito tempo, por isso a necessidade de levar mais tecnologia e conhecimento técnico para ampliar a cadeia produtiva”, afirmou Alessandro Pendiuck, head de supply chain da Leão.
(Fonte: Julia Possa/GZH)
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