Brasília – DF – A aprovação no Senado de um pacote de 30 bilhões em investimentos para o Exército, a Marinha e a Força Aérea, fora da meta fiscal, causou desconforto no Ministério da Fazenda. A proposta, que prevê 5 bilhões por ano até 2030, foi articulada pelo Ministério da Defesa e contou com apoio do Palácio do Planalto e de senadores da oposição.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, conduziu pessoalmente as negociações com aval do presidente Lula. A equipe econômica, porém, defendia que a liberação dos recursos viesse acompanhada do compromisso das Forças Armadas em apoiar a reforma da previdência militar, parada na Câmara desde 2024.
O texto, aprovado com 57 votos a favor e quatro contrários, foi apresentado pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ) e reformulado pelo líder do governo, Randolfe Rodrigues (PT-AP). O dinheiro será usado em projetos estratégicos como o submarino nuclear, o sistema de monitoramento de fronteiras e a compra de caças Gripen.
Desde 2023, os gastos fora da meta já somam 140 bilhões, segundo dados da Instituição Fiscal Independente do Senado. A conta inclui despesas com desastres no RS, precatórios e indenizações do INSS. Haddad afirmou que, apesar dos valores, o governo terminará o mandato com resultado fiscal melhor que o de gestões anteriores.
Fonte: O Globo.
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