Novo Hamburgo, RS – É de doer o coração o que aconteceu no Cemitério Municipal de Novo Hamburgo. O corpo de Nicolau Adams Pivotto, 33 anos, ficou mais de duas horas esperando o enterro porque o caixão não cabia na gaveta. Quebraram alça, tentaram virar, abrir, empurrar. No fim, o caixão teve que ser enterrado no chão.
O vexame no último ato
Tudo isso na frente da família, que já chorava a perda e teve que assistir ao vexame. Chegaram a abrir outra gaveta e mexer nos restos mortais de outra pessoa para ver se “cabia”. Vergonhoso. Não é só falta de estrutura, é falta de humanidade.
O que faltou foi respeito
A prefeitura disse que o caso é “atípico”. Atípico é o cuidado com a dor alheia. O que faltou foi empatia e preparo. É o tipo de situação que expõe o descuido com algo sagrado: o direito de uma despedida digna. O mínimo que se espera é respeito.
Um retrato do nosso tempo
Quando o gestor manda “se virar” pelo telefone e o coveiro tenta resolver no improviso, a gente entende o tamanho do problema. No fim, o corpo foi enterrado, sim, mas o que ficou mesmo foi a vergonha. No RS que enterra sua sensibilidade, parece que a falta de cuidado anda pesando mais que o caixão.
LEIA TAMBÉM: Vandalismo e furto nos vestiários do estádio municipal
Acompanhe o NP pelas redes sociais:
- Tiktok: @np.expresso
 - Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui
 - Instagram: npexpresso
 - Facebook: NPExpresso
 



                                    